António Pina não foi aceite de volta à ERTA, mesmo sem remuneração
António Pina quis regressar ao cargo de presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) sem auferir qualquer remuneração, para cumprir os dois anos de mandato que ainda lhe restariam, mas não foi aceite.
Numa entrevista ao «barlavento» e à Rádio Universitária do Algarve RUA FM, na qualidade de recém-nomeado Provedor do Estudante da Universidade do Algarve, o ex-presidente da ERTA confessou o seu desapontamento pelo sucedido.
Numa altura em que falava da impossibilidade de acumular a sua reforma com cargos remunerados, António Pina lembrou, a rir, que já havia tido «uma história com isso da acumulação», referindo-se à sua saída da ERTA.
«Mas é engraçado que eu me ofereci para voltar à Região de Turismo gratuitamente e mesmo assim não me aceitaram. Mas isso são dores que vão ficando na alma. Não posso ser útil ao meu país e à minha região gratuitamente e regressar ao meu lugar de presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve para acabar o meu mandato! Pelos vistos há quem interprete a lei dessa maneira», disse.
Contactado pelo «barlavento», o presidente da ERTA Nuno Aires, que sucedeu a Pina, não quis comentar a situação.
Mas, ao que o «barlavento» apurou, a decisão de não aceitar a proposta de António Pina terá sido tomada pelo Turismo de Portugal, que será quem tem competência para decidir sobre estas questões.
António Pina, porém, desmente esta hipótese e garante que «o parecer negativo sobre a hipótese de poder regressar às funções de presidente da ERTA, a título gratuito, é da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações e não do Turismo de Portugal».
O anterior responsável pelo Turismo do Algarve acrescenta: «ainda não dei o caso por encerrado, embora isso desagrade a algumas pessoas».
«Trata-se de um dever para comigo e para quem me elegeu», acrescenta.
António Pina demitiu-se do cargo de presidente da ERTA no Verão de 2009, porque não podia acumular a verba que auferia com a sua reforma da Função Pública.
O também ex-Governador Civil de Faro foi professor e desempenhou o cargo de diretor regional de Educação durante anos.
«Há uma coisa que eu não quero, porque já vivi um pouco isso, que é ir morrendo devagarinho enterrado no sofá. Tudo farei para poder usar da minha cidadania. Eu apenas estou reformado da função pública. Só disso e mais nada. Não me reformo da política, no sentido partidário do termo, no sentido mais amplo do termo, no ser cidadão. Por isso, sou agora candidato em Setembro à gestão de uma IPSS de Olhão [ACASO]. Tudo gratuito, é claro», acrescentou Pina, na sua entrevista`.
26 de Novembro de 2010 | 15:17
hugo rodrigues
Noticia retirada do Barlavento on line.
Com tanta vontade cidadania e actividade politica, será o srº Pina o candidato a presidente da CMOlhão?
